quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cerco ao Castelo

Infecções urinárias

Alguns profissionais da saúde explicam a seus pacientes de uma forma análoga e bastante figurativa a infecção urinária como o cerco ao castelo. Este cerco aos castelos, caros leitores, pode lembrar-lhe as vossas aulas de história ou algumas passagens do nosso difícil e grandioso passado, embora o desenrolar de acontecimento, seja o mesmo os protagonistas são outros. O castelo corresponde ao nosso organismo e os inimigos são os micróbios, tendo como exemplo os Proteus que são comparáveis com os terríveis mouros. Normalmente estes micróbios/inimigos penetram no nosso organismo porque as nossas defesas não se encontram em bom estado, por isso, de acordo com o inimigo que entrou a estratégia utilizada e os aliados a ter diferem muito, isto é, cada inimigo tem um determinado ponto fraco que é onde temos que atacar.

Mas em si o que são infecções urinárias?

A infecção urinária corresponde á presença de microrganismo capazes de produzir infecções na urina e/ou diversos órgãos que constituem o aparelho urinário normalmente produz-se uma inflamação na bexiga e /ou rins da pessoa. Os agentes bacterianos causantes ou causadores desta doença são a Escheria cali, Proteus, Klebsiella e as Skaphylocous. E entre os fungos temos a Candida Albicans.

Outra das perguntas mais frequentes entre as pessoas que contraem esta doença é como ocorre a infecção?

Se maioritariamente o aparelho urinário não tem micróbios, isto com base na facto do aparelho urinário não ter qualquer comunicação com o meio externo.

Pois bem a hipóteses que mais tem apoio pelos profissionais da Medicina, especificamente urólogos é ocorrer uma contaminação por via ascendente, isto é, as bactérias existentes no recto, ânus e vagina penetram ascendentemente no aparelho urinário através da uretra e da bexiga.
Outra maneira de contrair infecções urinarias embora sejam pouco prováveis, são micróbios provenientes do sangue ou por contiguidade. Mas também há factores externos que nos fazem ser mais vulneráveis perante os micróbios como por exemplo, a diminuta ingestão de líquidos que estimula a hiperconcentrção urinária; as doenças que provocam obstrução urinariam certas manobras ou tratamentos agressivos como a invasão do aparelho urinário. Por outro lado também a um conjunto de doenças e hábitos que podem agravar o panorama quadro clínico de uma infecção urinária, como são o caso das doenças imuno depressão, a diabetes, o abuso de analgésicos e a obstrução, êxtase e refluxos urinários.
As infecções urinárias ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não são contagiosas, isto é, não se apanham nas casas de banho nem tão pouco são doenças de transmissão sexual, embora este factor possa condicionar ou predispor no sexo feminino por razões que apresentaremos no próximo artigo denominado “Mais frequente nas mulheres que nos homens porquê?”

As infecções urinárias podem ser divididas em:


- Infecções das vias urinárias inferiores: localizadas na bexiga (cistite) na prostata (prostatite) e na uretra (uretrite);

- Infecções das vias urinarias superiores: localizadas nos rins (pielonefrite).

A pielonefrite caracteriza-se pela apariação de calo frios e aumento da temperatura corporal, podendo ser superior a 40º C, dor na região lombar que se pode irradiar para a região abdominal acompanhada de náuseas e vómitos.

Os principais sintomas de infecções urinárias são:


  • Dor, desconforto ao urinar;
  • Sensação de peso ou mal-estar no fundo da barriga;
  • Uma terrível vontade de urinar, embora se tenha acabado d o fazer a poucos minutos;
  • Urinar muitas vezes, embora não haja quase urina nenhuma.


Chamamos a atenção que este é o quadro clínico geral das infecções urinarias podendo ou não aparecer estes sintomas com maior ou menor magnitude de acordo com as defesas e resistência do organismo, como já referimos noutros artigos referentes a outras doenças.

Embora no nosso concelho não seja muito comum os cidadãos apresentarem este tipo de doenças, e muito menos consultar os especialistas por uma possível infecção. Nos estados unidos as infecções urinarias são responsáveis por cerca de 6milhoes de consultas clínicas por ano. Com tudo as freguesias do concelho apresentam um conjunto de plantas que são úteis no tratamento de doenças entre elas temos:

Quebra-pedra



A quebra-pedra é uma árvore da família dos Euphorbiaceae. É uma planta que foi introduzida no Brasil mas com origem nas ilhas Mascarenhas. É uma herbácea anual ou perene até 60 cm de altura e é infestante dos jardins e terrenos abandonados.
O chá de 1,3 ou 5 raminhos secos foi referido para dores de barriga, pedra nos rins e infecções urinárias, por vezes é referida a adição de folhas de laranjeira ou limoeiro.




Sempre Noiva:
É uma planta frequente nas bermas dos caminhos nas regiões de baixa altitude. Pertence à família dos polygonaceae.
É uma herbácea anual, glabra, muito ramificada erecta e decumbente.
A ingestão de um chá de suas folhas foi referida para infecções urinárias e dores de barriga.

Alfavaca:

A alfavaca é uma planta da família dos Urticaceae. É uma herbácea, perene, pubescente, com folhas alternas.
Podemos encontrar esta planta em zonas rochosas, junto a muros antigos e escarpas costeiras.
O chá das suas folhas é referido para dores de barriga, estômago, intestinos, dores de cabeça, prisão de ventre e para equilibrar a tensão arterial. Para infecções urinárias foram mencionados um chá e, posteriormente um banho de assento, utilizando as seguintes misturas: Alfavaca, losna e sempre noiva; barbas de milho, alfavaca e sempre noiva. Para o mesmo fim, referiram a preparação de um chá de alfavaca com losna.

Quais as doenças do coração?


No mundo Ocidental há mais pessoas que sofrem e morrem por causa das doenças cardíacas do que por qualquer outra doença. A causa subjacente destas e doutras afecções comuns do coração é uma alteração das artérias chamada aterosclerose, que é uma variedade da arteriosclerose.

* A aterosclerose: Produz-se uma obstrução das paredes das artérias, provocada por depósitos gordos. A artéria endurece e, eventualmente, pode ficar bloqueada. Este processo de endurecimento chama-se aterosclerose e é a principal causa das doenças do coração.

* A doença coronária: A doença coronária é a responsável por quase todos os casos de “ataque cardíaco”. Dos que sofrem ataques, cerca de 25% morre dentro das horas seguintes. Outros 10% morrem dentro de quatro semanas seguintes. A aterosclerose produz-se quando as artérias ou as suas ramificações ficam bloqueadas, parte do músculo cardíaco que elas irrigam fica privada de oxigénio, e tudo isto provoca um estado de isquémia miocárdia, com dificuldade respiratória e dores no peito (angina), especialmente ao fazer exercício ou ao estar num estado de tensão emocional.

* A angina de peito: A angina é a dor que se sente na região torácica interna, por detrás do esterno, por causa da diminuição do fluxo sanguíneo em algum sector do músculo cardíaco. A dor, o incómodo ou a sensação de pressão podem ser intensos e o nível de angústia varia. A dor pode fundir-se pelo ombro e o braço (geralmente do lado esquerdo), mas também pode afectar ambos os braços, o pescoço e até a parte inferior do rosto. Estes sintomas parecem-se com os de um ataque de coração, mas, regra geral, duram apenas alguns minutos.

* O ataque cardíaco: O ataque cardíaco acontece quando a circulação do sangue através de uma artéria coronária, ou de uma das suas ramificações maiores, fica interrompida por um trombo ou coágulo sanguíneo, por causa, principalmente, de uma condição avançada de aterosclerose. A região do músculo cardíaco danificada pela falta de sangue é denominada enfarte. Se o enfarte for reduzido e o sistema condutor do coração não se encontrar afectado, há uma boa probabilidade de recuperação.


* A hipertensão: A hipertensão ou tensão sanguínea elevada é a causa seguinte mais comum e perigosa das doenças cardíacas e dos vasos sanguíneos. A hipertensão, denominada “assassino silencioso”, não produz sintomas durante os primeiros quinze anos e passa inadvertida se não controla a tensão sanguínea.

* A insuficiência cardíaca: A insuficiência cardíaca ou insuficiência cardíaca congestiva acontece quando o coração não pode continuar a bombear o sangue eficientemente. Pode ser o resultado de diversas causas: um coração debilitado por um ataque ou outra doença local. Como febre reumática ou endocardite infecciosa; válvulas defeituosas do músculo cardíaco que não controlam bem o fluxo de sangue no interior das câmaras do coração, o que torna a acção de bombardeamento ineficaz; e anemia, doença em que o coração deve bombear uma quantidade adicional de sangue para poder compensar a menor quantidade de oxigénio levado pelo sangue.

Sistema linfático

O sistema linfático

O sistema linfático faz parte do sistema imunitário do nosso organismo. Este último, combate as infecções e outras doenças.
No sistema linfático, uma rede de vasos linfáticos transporta um líquido transparente, chamado linfa. Os vasos linfáticos são “conduzidos” para os gânglios linfáticos (pequenos órgãos, de forma redonda). Nos gânglios linfáticos existem os linfócitos (um tipo de glóbulos brancos). Os gânglios linfáticos existem no pescoço, axilas, tórax, abdómen e virilhas.
Outras partes do sistema linfático incluem amígdalas, o baço e o timo. O tecido linfático também encontra-se noutras partes do corpo, como o estômago, a pele e o intestino delgado.
Existem muitos tipos de LNH. Todos os tipos de linfoma têm início nas células do sistema linfático.
O LNH tem início quando um linfócito, uma célula B ou uma célula T, torna-se anómala. Geralmente, o LNH começa numa célula B, num gânglio linfático, A célula anómala divide-se para fazer cópias de si própria; as novas células dividem-se novamente, e novamente, originando mais e mais células anómalas. As células anómalas são células cancerígenas, que não morrem quando deviam. Não protegem o organismo de infecções nem de outras doenças. As células cancerígenas podem espalhar-se para quase todas as partes do organismo, ou seja, metastizar.
Muitas vezes, o médico não consegue explicar porque é que uma pessoa desenvolve LNH e outra não. No entanto, a investigação demonstra que determinados factores de risco aumentam a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver esta doença.


Geralmente, os factores de risco mais comuns para o LNH, estão seguidamente apresentados:

* Sistema imunitário debilitado: ter um sistema imunitário debilitado, devido a um problema hereditário, a infecção por HIV (vírus da imunodeficiência humana), devido a certos fármacos ou outros factores, aumenta o risco de desenvolver LNH.
* Determinadas infecções: ter certo tipo de infecções, pode aumentar o risco de desenvolver LNH. No entanto, o linfoma não é contagioso; não se” apanha” linfoma de outras pessoas.



Os principais tipos de infecção que podem aumentar o risco de linfoma, são:

* Vírus da imunodeficiência humana (HIV): O HIV é o vírus que provoca a SIDA (síndrome da imuno deficiência adquirida). A s pessoas que estão infectadas com HIV, têm maior risco de desenvolver certos tipos de LNH.
* Vírus de Epstein-Barr (EBV): A infecção com EBV tem sido associada a um risco aumentado de linfoma.
* Helicobacter pylori: Esta bactéria pode causar úlceras no estômago; pode ainda aumentar o risco da pessoa ter linfoma, no revestimento do estômago.
* Vírus dos linfomas T humanos (HTLV-1): A infecção por HTLV-1 aumenta o risco de desenvolver linfoma e leucemia.
* Vírus da hepatite C: Alguns estudos demonstraram um risco aumentando de linfoma, em pessoas com vírus da hepatite C.
* Idade: Apesar do LNH poder aparecer em pessoas jivens, a probabilidade de desenvolver esta doença aumenta com a idade. A maioria das pessoas com LNH tem mais de 60 anos.

Está a ser estudada a obesidade e outros possíveis factores de risco para o LNH. As pessoas que trabalham com herbicidas, ou determinados químicos, podem ter um maior risco para esta doença. Está bem a ser estudada a possível relação entre a utilização de tintas para o cabelo, antes de 1980, e o LNH.
Felizmente, a maioria das pessoas que apresentam factores de risco para LNH, não chegam a desenvolver a doença. Por outro lado, muitas pessoas que desenvolvem a doença, não apresentam quaisquer factores de risco.
Se pensa que pode apresentar risco aumentado para ter LNH, deverá discutir essa preocupação com o médico. Assim, poderá saber como reduzir o risco e qual será o calendário ideal para fazer exames regulares.

Os linfomas podem ser agrupados pela sua velocidade de crescimento:

* Indolentes (ou baixo grau): Crescem lentamente. Tendem a causar poucos sintomas.
* Agressivos (grau intermédio ou alto grau): Crescem e espalham-se mais rapidamente. Tendem a causar sintomas graves. Com o tempo, muitos linfomas indolentes tornam-se linfomas agressivos.

Células Estaminais

As células estaminais, também conhecidas por células – mãe ou germinativas, são células mestras que têm a capacidade de se transformar noutros tipos de células.
A designação de pluripotencial a estes tipos de células, são-lhes atribuídas pela sua capacidade de conversão em qualquer órgão. Desta forma, permite ao embrião em qualquer órgão. Desta forma, permite ao embrião desenvolver-se, convertendo-o num completamente formado.


Benefícios:

* Pode curar vários tipos de células – Parkinson e Alzheimer

Lesões em grupos de determinadas células do cérebro.

Como? Fazendo um transplante das células estaminais de um embrião para a parte do cérebro com lesões, substituindo-se assim, o tecido que daí se perdeu.

Futuras aplicações:

* Tratamento de muitas “doenças mortais”, como AVC’s, diabetes, doenças cardíacas, paralisia.

Impactos:

* Éticos;
* Políticos;

Alternativas às células estaminais de embriões:

* Células estaminais da medula óssea de adultos, porque têm a capacidade de se diferenciarem em diferentes glóbulos vermelhos ao longo da vida, com o objecto destas produzirem células do cérebro, fígado, coração e células nervosas.

Sem possibilidade de rejeição


* Sangue placentário (do cordão umbilical – eliminado no parto).

Tem como vantagens, o facto de não prejudicar nem a mãe nem o filho; ser compatível com o bebé, caso este venha a adoecer e ainda, pode ser compatível com familiares do mesmo (não são vitais nem para o ser humano nem para o bebé).
Pode ser aplicado nos tratamentos de problemas sanguíneos, tais como leucemia, perturbações genéticas e imunitárias; cura para AVC’s, diabetes, Parkinson e distrofia muscular.


Contras:

* Mata embriões humanos, para fins experimentais, após a extração das células, por teimosia dos cientistas.

SIDA

SIDA


“Não se apanha sida pelo que se é, mas pelo que se faz”

A SIDA é uma doença comportamental, isto é, associada aos comportamentos de risco.

“Por vezes, não paramos para pensar, deixamo-nos ir e corremos riscos desnecessários…”

Breve referência histórica :
  • Em 1981 começou a surgir o fenómeno da SIDA
  • Até 1986, vários investigadores atribuíram diversos nomes ao vírus. Passou a denominar-se o vírus dos três H’s: - Homossexuais;
    - Hemófilos;
    - Haitianos;
  • Mas só em 1986 é que o vírus (tido como causador da SIDA) foi definido e designado por VIH;
O que é a SIDA?

A SIDA, é o Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É a fase avançada da infecção provocada pelo vírus da Imunodeficiência humana (VIH).



Como ataca o VIH o nosso Sistema Imunitário?


Qual a diferença entre um portador do VIH e um doente?






Fases da SIDA:







Sendo a SIDA uma das doenças mais terríveis e temíveis deste século, existe a necessidade imperiosa de educar!

Como se transmite?

  1. Via sexual: relação sexual;
    As secreções sexuais de uma pessoa infectada, mesmo que aparentemente saudável, podem transmitir o VIH sempre que exista uma relação sexual com penetração sem preservativo (oral e vaginal).
  2. Via sanguínea: sangue contaminado;
    Através de seringas, agulhas e/ou outro material com sangue contaminado. Exemplos: tatuagens, escova de dentes, corta-unhas, seringas. Os grupos mais afectados são o dos toxicodependentes (maiores disseminadores da infecção).
  3. Via peri - natal: mãe - filhos;
    Uma mulher grávida portadora do vírus da SIDA, pode contaminar o seu filho durante a gestação, o parto e o aleitamento.

    A SIDA, não se transmite ao cumprimentar essa pessoa, ao saudar-lhe, na reutilização dos talheres, ao dançar, no convívio…

Existe cura?

Não. A prevenção é a única arma eficaz para combater esta doença.


Curiosidade atroz: Por hora, infectam-se cerca de 256 indivíduos.

A incidência da SIDA e de infecção por VIH continua a aumentar a um ritmo exponencial em todo o mundo. Neste, todos os dias, mais de 7000 jovens com menos de 15 anos são infectados pelo VIH, ou seja, em média, numa hora, surgem 292 novos casos de SIDA entre os jovens.
No continente Africano, em algumas cidades, um em cada três está infectado com VIH, incluindo mulheres grávidas e 60% das camas hospitalares são ocupadas por doentes com SIDA.


Notificação dos casos de infecção pelo VIH:



Para além da desinformação, a descriminação é um dos graves problemas do VIH/SIDA.
Os indivíduos infectados com este vírus vêem gravemente comprometida a sua integridade psicológica, por serem indivíduos “apontados a dedo” pela nossa sociedade (exclusão social).
O VIH não pode ser vista como uma doença de exclusão.


A sociedade tem de andar A VIVER COM… e NÃO A MORRER COM…

Os miomas

"Os miomas são tumores benignos originados do tecido muscular liso, presente em diversos órgãos do nosso organismo. No entanto, o local onde ocorre com maior frequência é o útero, sendo a neoplastia mais frequente desse órgão. Os miomas não são cancros, e a probabilidade de se transformarem num é extremamente baixa."

Acometem aproximadamente um quarto das mulheres em idade fértil, e acredita-se que até 50% das mulheres possam apresentar essa doença em alguma época de suas vidas. Pode ocorrer a partir da puberdade, mas a idade de maior incidência é a quarta década de vida. As estatísticas mostram que os miomas são mais comuns em mulheres negras, naquelas que ainda não engravidaram e em mulheres que apresentam condições associadas a altos níveis de estrogénio no sangue.


A causa é desconhecida, mas sabe-se que os miomas originam-se de uma única célula, que começa a se multiplicar desordenadamente, e origina o tumor. Por isso, acredita-se que exista alguma base genética para o seu desenvolvimento e pode ser devido a isso que ele seja mais comum nas mulheres negras e que apresente uma tendência a acometer mulheres da mesma família.
O crescimento desses tumores ocorre por acção do estrogénio, uma hormona feminina de extrema importância, e isso pode explicar o seu desenvolvimento durante a fase reprodutiva da vida da mulher, a sua inexistência antes da puberdade e a redução de tamanho após a menopausa (quando os níveis de estrogénio diminuem). Qualquer coisa que leve a um aumento dos níveis de estrogénio pode fazer com que o mioma tenha um crescimento maior e mais rápido.

Mais da metade das mulheres com miomas não apresenta nenhum sintoma, e não existem sinais ou sintomas específicos dessa doença. Assim, na maioria das vezes eles são descobertos em exames de rotina, como uma casualidade. Algumas vezes, o diagnóstico pode ser suspeitado devido ao aumento do tamanho do abdómen, que pode levar a mulher a pensar que apenas engordou um pouco ou até que está grávida.
A manifestação mais frequente é a alteração menstrual, com aumento dos dias de menstruação e da quantidade de sangramento. A cada menstruação, o fluxo vai ficando maior, aumentando o número de absorventes utilizados. Podem ocorrer também sangramentos fora do período menstrual, às vezes com coágulos. Essas alterações podem levar à anemia.
Esse aumento do período menstrual pode acompanhar-se de dor, que decorre de um maior acúmulo de sangue no útero, provocando distensão dolorosa e maior contracção da musculatura para eliminar esse conteúdo.
À medida que o útero cresce, começa a comprimir estruturas e órgãos próximos, podendo ocasionar dor, inclusivo durante as relações sexuais. Pode ocorrer compressão da artéria que nutre o mioma, o que faz com que ele sofra degeneração e suas células morram, o que se acompanha de dor. A compressão da bexiga leva à redução da capacidade de armazenar urina, levando a paciente a urinar com maior frequência. Outro sintoma decorrente de compressão é a constipação intestinal (prisão de ventre), já que o útero pode comprimir o recto, dificultando a passagem das fezes.
A dificuldade para engravidar é frequente em pacientes com miomas uterinos, já que esse tumor pode levar a alterações (deformidades) do órgão que dificultam a implantação do ovo. Porém, isso não ocorre em todas as pacientes.


O diagnóstico é suspeitado inicialmente pela história da paciente e pelo exame físico realizado pelo ginecologista. Durante o exame, pode ser palpada uma massa de localização sugestiva de ser uterina. O principal exame utilizado é o ultra-som, que pode demonstrar a presença do mioma e também a sua localização.
Ele pode ser classificado em:
Sub - seroso: localiza-se na porção mais externa da parede do útero, relacionado mais raramente a sintomas de sangramento. O principal sinal é o aumento do abdómen.
Intra - murais: estão localizados na porção média da parede do útero, e são os mais comuns.
Sub - mucosos: são os que se localizam mais próximos da cavidade uterina, sendo os mais sintomáticos. Quase sempre causam sangramento. Eventualmente, ele pode sair pelo orifício do colo uterino, caracterizando o chamado "mioma parido".
Outro exame utilizado é a estereoscopia, no qual é inserida uma sonda no útero, contendo uma espécie de câmara que permite a visualização da cavidade uterina. Ajuda muito no diagnóstico dos miomas sub - mucosos. Exames raramente utilizados são: radiografia simples da pelve, tomografia computadorizada, ressonância magnética.


A associação entre mioma e gravidez ocorre em aproximadamente 0,13% a 7%. Nessa situação, o mioma pode determinar gravidez ectópica (quando o ovo implanta em outro local que não a cavidade uterina), abortamento, parto prematuro, sangramento e dificuldades durante o parto. Além disso, eles podem aumentar significativamente de tamanho durante a gestação, devido aos altos níveis hormonais. Cada caso deve ser analisado individualmente, para determinação da necessidade de tratamento.


Nem toda paciente deve ser tratada, já que se trata de uma doença benigna e que na grande maioria dos casos não causa sintomas. O conceito principal é de que o mioma deve ser tratado quando causa sintomas significativos. Nos casos assintomáticos, a paciente deve ser acompanhada regularmente.

Existem basicamente três tipos de tratamento:

1) Medicamentoso
Esse é, geralmente, o primeiro passo no tratamento dos miomas. Os objectivos são controlar o sangramento, inibir o crescimento dos miomas ou reduzir o seu tamanho (especialmente antes da cirurgia). Muitas vezes, o uso de anti-inflamatório já é suficiente para controlar os sintomas, não sendo necessário nenhum outro tipo de terapia.
Os medicamentos mais indicados, quando se deseja a redução do tamanho dos miomas, são os chamados análogos do GnRH. Eles criam uma falsa menopausa, reduzindo a liberação de estrogénio pelos ovários. São úteis também para controlo do sangramento. O problema é que, após a interrupção do uso do medicamento, os miomas voltam a crescer. Isso é importante, pois essas drogas podem ser usadas por no máximo 6 meses. Os efeitos colaterais são: ondas de calor, insónia, secura vaginal, diminuição da libido, perda temporária de memória, aumento do risco de osteoporose.

2) Cirúrgico
Indicado nos casos sintomáticos, nos miomas muito grandes, na presença de sinais de degeneração (alterações do tecido do mioma), e nos casos em que o mioma é causador de infertilidade. As modalidades são:
• Miomectomia: retira-se apenas o mioma, preservando-se o útero. Indicada nos casos em que a mulher queira preservar a capacidade de reprodução ou de menstruar. Porém, pode não ser conseguido em alguns casos. A recorrência ocorre em um terço dos casos. Uma das complicações é a formação de aderências.
• Histerectomia: consiste na retirada do útero. É o tratamento de escolha em mulheres que não querem mais engravidar.

3) Embolização
É realizada com a colocação de um cateter dentro da artéria uterina que nutre o mioma, seguida da injecção de agentes que levam à formação de êmbolos no interior da artéria, com interrupção do fluxo de sangue. Está indicada quando a paciente quer manter o útero ou quando existem contra-indicações à histerectomia. As complicações associadas a esse método são: isquemia grave do útero (como se fosse um enfarte, parecido com o do coração), ocorrência de infecção e parada das menstruações.

vírus do papiloma humano

O que é o vírus do papiloma humano (HPV)?

O vírus do papiloma humano é um vírus que faz parte da família Papovaviridae. Existem mais de 130 genótipos (1).

Desta família fazem parte alguns subtipos que causam as vulgarmente chamadas “verrugas” cutâneas. A família do Vírus do Papiloma Humano era classicamente dividida em tipos cutâneos e tipos mucosos. Esta classificação mostrou ser artificial, uma vez que existem subtipos mucosos que também infectam a pele e vice-versa. A classificação actual divide os 130 genotipos em subtipos (90-98% de homologia) e em variantes (>98% de homologia), consoante a homologia das sequências do DNA na regiões que codificam para as proteínas E6 e E7.

Os HPV que infectam a região anogenital podem ser divididos em dois grupos: o primeiro, associado a um alto risco de desenvolvimento de cancro do colo do útero – HPVar – (16,18,26,31,33,35,39,45,51,52,53,56,58,59,66,68,73 e 82); o segundo grupo, associado a um baixo potencial carcinogénico – HPVbr – (6,11,40,42,43,44,54,61,72 e 81).



Qual a ligação entre o HPV e o cancro do colo do útero?


A origem viral do cancro do colo do útero já foi largamente provada. O DNA do HPV pode ser encontrado em 99,7% de todos os cancros do colo do útero, sendo os tipos 16, 18, 45,31 os mais frequentes.

A infecção por um subtipo HPVar é um pré requisito necessário para o desenvolvimento do cancro do colo do útero. A OMS reconhece o HPV 16 e 18 como agentes carcinogénicos para os humanos.

O cancro do colo do útero é de origem viral, o que significa que é tratável e até prevenível. Sendo uma das principais causas de doenças sexualmente transmissíveis no mundo, o uso do preservativo é recomendado.



A nível da técnica laboratorial, como identificam o vírus?


São utilizadas técnicas de biologia molecular (Captura híbrida 2 (HC2) e PCR por microarrays), com elevada sensibilidade e especificidade (95-100%), e elevado valor preditivo negativo (100%) para lesões de alto grau, o que quer dizer que se não for encontrado HPV nestes testes, seguramente não vai haver cancro do colo do útero, desde que não haja posterior infecção.

Estes testes aumentam para 97% a sensibilidade dos testes de rastreio actualmente implementados (50%), se executados em paralelo.

O teste de rastreio pela citologia, quer seja Papanicolau ou citologia líquida (Thinprep), tem algumas limitações, porque origina muitos falsos negativos, tanto porque dependem da observação, da qualidade da colheita e não é um teste com capacidade prognóstica.

No laboratório, para as metodologias de biologia molecular podemos utilizar o escovilhão seco, que serviu para fazer a colheita no colo do útero e a citologia líquida (Thinprep). Temos ainda um escovilhão próprio para a metodologia HC2 e que facultamos aos nossos colegas ginecologistas.


Qual o grande potencial do diagnóstico do HPV?

Já há vacina para os subtipos HPV 16 e 18 e outra que engloba os subtipos 16, 18, 31 e 45, que são de alto risco e os mais agressivos e mais prevalentes. Contudo, esta vacina é profiláctica e não terapêutica, pelo que deve ser administrada antes da mulher estar infectada. Portanto, o grande potencial do diagnóstico do HPV é o de um rastreio primário.
(1) São sequências de DNA diferentes, independentemente de pertencerem à mesma família do vírus do papiloma humano.


O SISTEMA LINFÁTICO

O sistema linfático faz parte do sistema imunitário do nosso organismo. O sistema imunitário combate as infecções e outras doenças.
No sistema linfático, uma rede de vasos linfáticos transporta um líquido transparente, chamado linfa. Os vasos linfáticos são "conduzidos" para os gânglios linfáticos (pequenos órgãos, de forma redonda). Nos gânglios linfáticos existem os linfócitos (um tipo de glóbulos brancos). Os gânglios linfáticos capturam e removem bactérias, e outras substâncias nocivas, que possam estar na linfa. Os gânglios linfáticos existem no pescoço, axilas, tórax, abdómen e virilhas.
Outras partes do sistema linfático incluem as amígdalas, o baço e o timo. O tecido linfático também se encontra noutras partes do corpo, como o estômago, a pele e o intestino delgado.

SISTEMA LINFÁTICO. LINFOMA NÃO HODGKIN (LNH)


Existem muitos tipos de LNH. Todos os tipos de linfoma têm início nas células do sistema linfático.
O LNH tem início quando um linfócito, uma célula B ou uma célula T se torna anómala. Geralmente, o LNH começa numa célula B, num gânglio linfático. A célula anómala divide-se, para fazer cópias de si própria; as novas células dividem-se novamente, e novamente, originando mais e mais células anómalas. As células anómalas são células cancerígenas, que não morrem quando deviam. Não protegem o organismo de infecções nem de outras doenças. As células cancerígenas podem espalhar-se para quase todas as partes do organismo, ou seja, metastizar.
Muitas vezes, o médico não consegue explicar porque é que uma pessoa desenvolve LNH e outra não. No entanto, a investigação demonstra que determinados factores de risco aumentam a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver esta doença.
Geralmente, os factores de risco mais comuns, para o LNH, são em seguida apresentados:
o Sistema imunitário debilitado: ter um sistema imunitário debilitado, devido a um problema hereditário, a infecção por HIV (vírus da imunodeficiência humana), devido a certos fármacos ou outros factores, aumenta o risco de desenvolver LNH.
o Determinadas infecções: ter certo tipo de infecções, pode aumentar o risco de desenvolver LNH. No entanto, o linfoma não é contagioso; não se "apanha" linfoma de outra pessoa.

Os principais tipos de infecção, que podem aumentar o risco de linfoma, são:


Vírus da imunodeficiência humana (HIV): o HIV é o vírus que provoca a SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida). As pessoas que estão infectadas com o HIV , têm maior risco de desenvolver certos tipos de LNH.
Vírus de Epstein-Barr (EBV): a infecção com EBV tem sido associada a um risco aumentado de linfoma.
Helicobacter pylori : esta bactéria pode causar úlceras no estômago; pode, ainda, aumentar o risco da pessoa ter linfoma, no revestimento do estômago.
Vírus dos linfomas T humanos (HTLV-1): a infecção por HTLV -1 aumenta o risco de desenvolver linfoma e leucemia.
Vírus da hepatite C: alguns estudos demonstraram um risco aumentado de linfoma, em pessoas com o vírus da hepatite C. É necessário continuar a investigar qual o papel do vírus da hepatite C.
Idade: apesar do LNH poder aparecer em pessoas jovens, a probabilidade de desenvolver esta doença aumenta com a idade. A maioria das pessoa com LNH tem mais de 60 anos
Está a ser estudada a obesidade e outros possíveis factores de risco para o LNH. As pessoas que trabalham com herbicidas, ou determinados químicos, podem ter risco aumentado para esta doença. Está também a ser estudada a possível relação entre a utilização de tintas para o cabelo, antes de 1980, e o LNH.
A maioria das pessoas que apresentam factores de risco para LNH, não chegam a desenvolver a doença. Por outro lado, muitas pessoas que desenvolvem a doença, não apresentam quaisquer factores de risco.
Se pensa que pode apresentar risco aumentado para ter LNH, deverá discutir essa preocupação com o médico; poderá saber como reduzir o risco e qual será o calendário ideal para fazer exames regulares.


Os linfomas podem ser agrupados pela sua velocidade de crescimento:


Indolentes (também chamados de baixo-grau): crescem lentamente. Tendem a causar poucos sintomas.
 Agressivos (também chamados de grau intermédio ou de alto grau): crescem e espalham-se mais rapidamente. Tendem a causar sintomas graves. Com o tempo, muitos linfomas indolentes tornam-se linfomas agressivos.

Depressão

A depressão é uma perturbação do humor que não deve ser confundida com sentimentos de alguma tristeza (o «estar em baixo» ou «desmoralizado»), geralmente reactivos a acontecimentos da vida, que passam com o tempo e que, geralmente, não impedem a pessoa de ter uma vida normal.

Na depressão, os sintomas tendem a persistir durante certo tempo e podem incluir, em arranjos variáveis, os seguintes:

• Sentimentos de tristeza, vazio e aborrecimento;
• Sensações de irritabilidade, tensão ou agitação; Sensações de aflição, preocupação com tudo, receios infundados, insegurança e medos;
• Diminuição da energia, fadiga e lentidão;
• Perda de interesse e prazer nas actividades diárias;
• Perturbação do apetite, do sono, do desejo sexual e variações significativas do peso;
• Pessimismo e perda de esperança;
• Sentimentos de culpa, de auto desvalorização e ruína, que podem atingir uma dimensão delirante;
• Alterações da concentração, memória e raciocínio;
• Sintomas físicos não devidos a outra doença (ex. dores de cabeça, perturbações digestivas, dor crónica, mal-estar geral);
• Ideias de morte e tentativas de suicídio;

Estes sintomas perturbam significativamente o rendimento no trabalho, a vida familiar e o simples existir do doente, que sofre intensamente. Há diferentes formas e graus de gravidade de depressão.

Em alguns casos, geralmente graves, os sintomas podem surgir sem relação aparente com acontecimentos traumáticos da vida, sob a forma de crises que perduram por vários meses. Muitas vezes as crises repetem-se ao longo da vida. Noutros casos, a intensidade dos sintomas é menor, os doentes vão conseguindo trabalhar, mas permanecem com a sensação de fadiga, tristeza, desinteresse e tensão, que se arrasta durante anos, com um grande desgaste.

Por vezes, a pessoa não se sente triste, manifestando-se, então, a depressão por sintomas como a fadiga, dores várias, pressão no peito, insónia, perturbações gastrointestinais (náuseas, vómitos, diarreia, etc.), o que leva o doente a pensar que sofre de outra doença, dificultando o diagnóstico.

Algumas depressões aparecem inseridas numa doença conhecida por doença bipolar, na qual os doentes têm episódios depressivos, em alternância com períodos de excitação e euforia fora do normal. Nas fases eufóricas, a auto-estima dos doentes está engrandecida e existe certa perda da noção da realidade, que pode levar a fazer gastos excessivos e a iniciar negócios incomportáveis.
A depressão é diagnosticada considerando o todo da pessoa, no sentido físico, psicológico e social. Convém ter presente que os sintomas depressivos podem fazer parte de outras doenças (ex. doença de Parkinson, doenças da tiróide e supra – renal e outras), resultar do uso de certas substâncias (álcool e outras drogas) e de alguns medicamentos (para a tensão arterial, hormonas e outros).
O médico deve investigar não só os acontecimentos traumáticos da vida do doente, mas inquirir também acerca dos medicamentos que este está a tomar e da existência de outras doenças habitualmente associadas à depressão.

Anti-depressivos


O que são?

São medicamentos cuja acção decorre no Sistema nervoso Central, normalizando o estado do humor, quando se encontra deprimido (o que equivale para o doente a tristeza, angústia, desinteresse, desmotivação, falta de energia, alterações do sono e do apetite e muitos outros sintomas). Os medicamentos antidepressivos não actuam quando o estado do humor é normal, distinguindo-se dos psicoestimulantes.

Como actuam?

Actuam no cérebro, modificando e corrigindo a transmissão neuroquímica em áreas do Sistema Nervoso que regulam o estado do humor (o nível da vitalidade, energia, interesse, emoções e a variação entre alegria e tristeza), quando o humor está afectado negativamente num grau significativo.

É possível a auto prescrição?

Não! A prescrição destes medicamentos são um acto médico que envolve um diagnóstico prévio de doença depressiva. Os antidepressivos não são medicamentos que se possam usar num momento (uma vez, ou irregularmente algumas vezes), como um analgésico.
Quando se inicia, a terapêutica anti-depressiva tem de ser cuidadosamente planeada entre o médico e o doente, envolvendo eventualmente o apoio de familiares. Tanto o início como o termo do tratamento são da responsabilidade do médico. Uma interrupção precoce do tratamento, porque a pessoa «já se sente bem», é causa frequente de recaída ao fim de alguns dias ou semanas.


Quanto tempo tem de se tomar?

Tal decisão compete ao médico. Em geral, a terapêutica de uma depressão justifica vários meses de tratamento (6 meses). Há doentes que terão de tomar a medicação por um período prolongado ou mesmo indeterminado para evitar as crises depressivas. Nestes casos, o medicamento anti-depressivo é preventivo da recorrência das crises depressivas. É de ter em conta que na doença depressiva é mais frequente haver tendência para crises repetidas, por vezes periódicas, sendo a crise depressiva única a excepção.


Causas da depressão


Existe uma predisposição hereditária para alguns tipos de depressão, embora não se conheçam ainda as formas precisas dessa transmissão. Sabe-se, por exemplo, que gémeos de doentes com certas depressões têm cerca de 70 a 80% de probabilidades de vir a ter a doença, mesmo que vivam num ambiente diferente. Os conhecimentos actuais da ciência permitem evidenciar a existência de alterações em algumas substâncias cerebrais (neurotransmissores) na depressão.
Os acontecimentos traumáticos da vida contribuem também para o aparecimento da depressão. Problemas familiares, o stress diário, a morte de alguém próximo, as doenças, uma crise financeira, conflitos prolongados podem funcionar como desencadeantes ou facilitadores de episódios depressivos.
O tipo de personalidade e o estilo do indivíduo para lidar com a vida podem também correlacionar-se com uma maior predisposição para crises depressivas.


O que fazer?

Infelizmente, a doença depressiva, não sendo reconhecida pelo próprio como doença, nem diagnosticada pelo médico, presta-se a que outros, incluindo as famílias, desvalorizem o(a) doente como «fraco», «incapaz», «preguiçoso» e até «maluco».
A imagem pessoal, a auto-estima, que já estão diminuídas pela doença, agravam-se ainda mais, devido a essa injusta apreciação das dificuldades impostas pela depressão. Críticas como a de que o doente não tem «força de vontade» e de que o que necessita é de se «distrair e não pensar tanto» nada resolvem, aumentando a culpa e os sentimentos negativos existentes.
A possibilidade do suicídio deve estar presente na mente de quem convive ou trabalha com estes doentes, devendo o recurso ao médico ser incentivado, de modo a que se possa iniciar um tratamento adequado, o que contribui decisivamente para atenuar aquele risco.
Existem actualmente meios para tratas as depressões, em que se incluem os anti-depressivos, as psicoterapias e, em casos mais graves, a electroconvulsivoterapia.
A escolha dos tratamentos é da competência dos médicos clínicos gerais e dos médicos psiquiatras para os casos mais difíceis e depende do tipo e gravidade da depressão, bem como da presença de outras doenças, que podem condicionar o uso de alguns medicamentos anti-depressivos.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Infecções urinárias

Mais comum nas mulheres que nos homens

Dados estatísticos demonstram que cerca de 40% dos utentes com infecções urinárias correspondem a mulheres. Outro estudo mostra que 35 a 45% das mulheres do mundo já contraíram pelo menos uma vez uma infecção urinária.
As mulheres já aos 3 meses de idade têm cerca de 8 vezes mais probabilidades de contrair uma infecção que os homens. Em contrapartida nos recém nascidos são os homens que têm mais probabilidades de serem afectados, talvez pelo facto de termos a uretra curta.

Mas o porque desta inversão de papeis?



Será que desta a mãe natureza a quis beneficiar uma vez mais, aos homens proporcionando-lhe um aparelho urinário mais seguro e forte do que as mulheres?

Segundo os profissionais de saúde pensa-se que as possibilidades de contrair nas mulheres é maior pelo faço de terem a uretra mais curtas, por falta das secreções da prostata masculina que são inibitórias. Embora existem um conjunto de factores “externos” que contribuem para a fragilidade e vulnerabilidade do aparelho urinário, chamando a atenção dos seguintes aspectos:

  • Actividade sexual: facilita que as bactérias da bexiga e da uretra subam penetrando ao longo das vias urinárias.
  • Não urinar quando se tem vontade: a retenção voluntaria da urina facilita a aderência das bactérias as paredes da bexiga e vias urinarias.
  • Uso de espermicidas (produtos em creme gel ou “esponjas”, na vagina com intuitos contraceptivos) ou de diafragmas que vão alterar a ecologia local ou impedir o esvaziamento eficaz da bexiga.
  • Algumas mulheres estão geneticamente mais pré-dispostas a sofrer este tipo de infecções.
  • Menopausa porque altera a flora vaginal local.
  • Algumas estirpes de bactérias são mais agressivas.

A gravidez também contribui e aumenta a probabilidade de “apanhar” as doenças pelo facto das defesas estarem mais concentradas ou enfocadas para o bebe, embora isto seja só uma suposição. Embora as mulheres sejam as mais afectadas os homens quer na idade adulta quer na idade de criança não ficam 100% imunes a este perigo. Em geral os homens são afectados nos géneses da sua vida e na decadência da mesma por razoes algo diferentes, no génese da vida somos afectados pelo facto da uretra ainda ser curta enquanto no fim da vida é porque as secreções e algumas partes da uretra deixam de funcionar correctamente.
Também os bebés e crianças de qualquer um dos sexos são propensos a este tipo de doenças normalmente relacionados com a mal formação congénitas. Para além disto as consequências das infecções urinárias na infância podem ser de muito mais gravidade para o funcionamento do aparelho urinário.
As infecções urinárias têm grande impacto na vida das pessoas quer pelo desconforto quer pela despesa e gastos que provocam para o utente assim para o serviço de saúde

E então o que podemos fazer para tratar/ combater esta doença?


Em grandes linhas e a níveis gerais as infecções urinárias podem ser tratadas das seguintes formas:
I. Tratamento antimicrobiano (antibióticos)
II. Tratamento urológico, que renova os factores predisponentes de manutenção e de agravamento.
No caso dos antibióticos o tratamento pode ser feito por 3 dias na maioria das pessoas, mas no caso maiores de 45 anos aconselha-se que o tratamento seja ao longo de 7 dias.
Além destas medidas técnicas os doutores aconselham:

  • Aumento de ingestão hídrica: beber muita água.
  • Esvaziamento urinário frequente e completo.
  • Cuidados gerais de higiene íntima, embora não excessivos.
  • Evitar as situações de congestão pélvica trais como viagens prolongadas, estar muito tempo sentado etc.

No nosso concelho temos um conjunto de plantas que podem ser utilizadas para combater as infecções urinárias temos como por exemplo:

Artemija:
Esta é uma planta que pertence a família dos Asteraceae. É uma planta nativa do Sul da Europa, Norte de África e do Sudoeste da Ásia sub-espontânea em Portugal Continental. Na Madeira foi introduzida como ornamental, dispersando-se rapidamente pelas zonas baixas e médias das costas norte e sul. Ela é frequente junto às habitações, sendo cultivada também para fins medicinais.
O chá de folhas e caule é mencionado para problemas nos rins, na bexiga e para infecções urinárias.



Cavaleira:
Esta espécie de planta pertence á família Fabaceae e é indígena da Madeira, Canárias, Sul da Europa, norte de África e oeste da Ásia.
Na ilha da Madeira, é frequente em locais expostos e secos até aos 650m de altitude,
junto ao mar e no interior, ao longo de caminhos ou em terrenos agrícolas abandonados. O fruto desta planta é uma vagem com pêlos brancos e pretos. Possui um cheiro forte a betume ou a nafta.
O chá das suas folhas é mencionado para febre e infecções urinárias, para lavar o cabelo com tendência para cair.




Laranjeira:
A laranjeira é uma árvore da família Rutaceae. É uma árvore cultivada como
frutícola e ornamental, nas menores altitudes.
É mencionado para os nervos e para a gripe um chá das folhas frescas. É também referida a adição de folhas de laranjeira ao chá de quebra-pedras para dores de barriga, pedra nos rins e infecções urinárias.




Diabetes

A Quinta maior causa de Morte

De acordo com aos últimos estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) há cerca de 171 milhões de pessoas no Mundo doentes da diabetes, tendo um progresso muito elevado que faz estimar aos peritos da ciência que em 2030 este número irá dobrar.
A diabetes posiciona-se no último lugar do top 5 das doenças de maior índice de morte no mundo. Os principais estudos prevêem que irá ganhando cada vez mais terreno perante as outras quatro letais e infalíveis doenças.
Uma situação que se tem vindo a agravar muito e confirmam esta teoria é que nos últimos 20 anos o número de diabéticos na América do Norte tem vindo a aumentar, registando em 2005 por volta de 20,8 milhões de pessoas com esta doença. Também outros estudos da América Diabetes Association dizem que existem cerca de 6,2 milhões de pessoas não diagnosticadas e cerca de 41 milhões de pessoas que poderiam ser consideradas pré-diabéticas. Por desgraça a nossa região e em especifico o nosso Concelho não fogem a estas terríveis estatísticas porque se fossemos a ver o quadro clínico de todos os idosos e pessoas mais adulta apresentam esta doença diagnosticada ou seus níveis de açúcar se encontram próximo de se tornarem diabéticos.
Então o que é a Diabetes Mellitus?
A diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue), resultado de deficiências na secreção de insulina em sua acção ou ambos. Trata-se de uma doença complexa na qual coexiste um transtorno global do metabolismo dos carbohidratos, lípidos e proteínas. Pode ser considerada uma doença multifactorial, porque existem múltiplos factores implicados na sua patogênese.
A sua origem como referimos deve-se a inumeráveis factores que no princípio correspondiam a um consumo alto de carbohidratos de rápida absorção. Porem com a evolução da ciência comprovou-se que não havia um aumento de probabilidades de contrair diabetes mellitus com o consumo de carbohidratos de assimilação rápida.


Com o passar do tempo chegou-se à conclusão que os principais factores que contribuem para a contracção de essa doença são o excesso de peso e a falta de exercício. Estas últimas razões são as principais responsáveis da diabetes mellitus tipo II.
Em relação à diabetes tipo I é causada quando o sistema imunitário do doente ataca as células beta do pâncreas. Contudo, ainda não está completamente esclarecida sobre os agentes causativos deste tipo de diabetes, embora os últimos estudos demonstram que as constipações e outras doenças simples podem causar essa doença. Estes estudos também demonstraram que o tipo de alimentação, o estilo de vida não apresenta nenhuma influência.

Tipos de Diabetes:
1. Diabetes mellitus tipo I: anteriormente conhecida como diabetes insulino-dependente, normalmente inicia-se na infância ou adolescência e caracteriza-se por ter um défice de insulina causado pela destruição das células betas (encarregadas pela liberação da insulina no pâncreas) por processo auto-imunes a idiopáticas. Estudos estatísticos mostram que só 1 em 20 pessoas sofre este tipo de diabetes.
O controlo deste tipo de Diabetes é feito em 3 vertentes:
A insulina ministrada de acordo ao défice de insulina da pessoa. Habitualmente para controlar os níveis de insulina ministra-se injecções diárias e de forma variável de acordo com o tratamento a efectuar. Há dois tipos de insulina sintética: a de acção lenta que é administrada ao acordar e dormir e a de acção rápida que é posta após as refeições.
A alimentação desempenha um papel preponderante neste tipo de diabetes porque é muito mais frequente em crianças e adolescentes, o que implica que a alimentação deve ser concebida com vista a não afectar o crescimento e os estilos de vida das pessoas.
Por último, e não menos importante, a prática do exercício físico que contribui notavelmente para o controlo de diabetes, queimando o excesso de açúcar, gorduras e desta forma melhorando a qualidade de vida.

2. Diabetes mellitus tipo II: primeiramente denominada diabetes não insulino-dependente. Apresenta um mecanismo fitopatológico complexo e não completamente elucidado. Todos demonstram e explicam que resultam de um auto-mecanismo de defesa contra a insulina, isto é, resistência à insulina. As células betas do pâncreas aumentam consideravelmente a produção de insulina o que com o passar do tempo leva as células beta a exaustão. Por isso é mais frequente em adultos e em pessoas idosas. Também pode ser causada por alguns fármacos, ao serem utilizados prolongadamente.

3. Diabetes Gestacional: é a diabetes que se desenvolve durante a gravidez podendo piorar ou desaparecer após o nascimento do bebé. Com semelhança a diabetes tipo II resulta de uma combinação de secreção e respostas de insulina inadequadas.
Caso não seja tratada, pode causar alguns problemas como, por exemplo, pelo elevado peso do bebé ao nascer, mal formações fetais e doenças cardíacas.
Ela requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez.
Como saber que tenho diabetes?

Os sintomas típicos de uma pessoa que tem diabetes são:

Poliúria (pessoa que urina com frequência).
Polidipsia (aumento da sede e da ingestão de líquidos).
Polifagia (é o aumento de apetite).
Por vezes pode ocorrer perda de peso.
Estes sintomas e sinais podem apresentar velocidades e consequências variáveis de acordo com o organismo ao tipo de diabetes da pessoa. De qualquer das formas a fórmula mais certa de saber se somos ou não diabéticos é levar um controlo médico apropriado e actualizado para assim eliminar os males.

Como diagnosticar?
A diabetes é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente e é diagnosticada se:
a) Nível plasmático de glicose estiver por volta ou acima de 126 mg/dL.
b) Nível plasmático de glicose aleatória acima de 200 mg/dL.
c) Nível plasmático de glicose acima de 200 mg/dL.
d) Nível plasmático de glicose acima de 200 mg/dL duas horas após uma dose de 75 gramas de glicose oral.


As diabetes podem trazer-nos consequências muito desagradáveis ao não ser controlada, pois estas são causadas pelo excesso de glicose no sangue, sendo assim, existe a possibilidade de glicositar as proteínas alem de retenção de água na corrente sanguínea.

As complicações que pode trazer a diabetes a uma pessoa podem ser divididas em:

De seguida apresentamos uma imagem na qual se resumem os sintomas e sinais típicos de uma pessoa que tem diabetes:


Como pode ser tratada a diabetes?
Desafortunadamente, a diabetes é uma doença crónica sem cura. É extremamente importante a educação do paciente, o acompanhamento da sua dieta, exercícios físicos, monitorização própria de seus níveis de glicose com o objectivo de manter os níveis de glicose a longo e a curto prazo adequados.
Pode-se reduzir os riscos das complicações a longo prazo com uma combinação de dietas, exercícios e perda de peso.

Também deve-se ter atenção à pressão arterial e o colesterol e evitar/diminuir os comportamentos de risco.
As principais plantas do nosso Concelho que vos podem ajudar a combater a quinta maior causa de morte do mundo são:

Amores de Burro: também denominada por muricos. É uma planta de origem Sul-Americana, pertencente à família das Asteracea. Corresponde a uma herbácea anual, cujo caule pode atingir cerca de 45 cm de altura, normalmente encontramo-las em terrenos agrícolas, campos
abandonados, etc. Ela é uma planta invasora que se adapta bem a baixas e médias altitudes.
Segundo os mais velhos e sábios das nossas freguesias diziam que o chá de folhas servia para controlar o nível de diabetes nas pessoas.


Morangueiro Bravo: é uma herbácea de falhas trifoliadas e de flores solitárias. A sua origem é desconhecida, embora haja boatos e suposições de que tenha sido introduzida na Ásia meridional e Oriental. Também responde ao nome de morangueira lagartixa devido a forma e posicionamento da planta que se assemelha ao de uma lagartixa. Pertence à família das Rosaceae.














È cultivada como ornamental, embora é mais comum encontrá-la nas margens das levadas e nas bermas. De acordo com as informações e conhecimentos dos nossos fregueses a ingestão de um chá de folhas ajuda a controlar os níveis de diabetes e baixa a pressão arterial.


Raspa Saias: corresponde a uma herbácea anual com caule quadrangular, até 150 cm de comprimento prostrado ou ascendente trepador. Podemos encontrá-la em zonas de florestas, zonas pedregosas e é um infestante natural dos campos agrícolas. Tem origem numa planta autóctone e pertence à família dos Rubiaceae. Os fregueses aconselham o chá do fruto de esta planta, pois ajuda a diminuir os níveis de diabetes.

Orégãos: herbácea muito aromática. Possui folhas ovadas, agudas ou obtusas, inteiras e serradas. Habitualmente é cultivada como planta condimentar, embora nasça espontaneamente em zonas mais altas, entre rochas, em locais expostos com o mínimo de sombra. A tradição dita que seu chá tem grande “poder curativo” perante a diabetes e não só. Há 1 ano atrás a UMA começou a estudar as propriedades desta planta pois consideram muita positiva para combater a diabetes.
Decidimos concluir este estudo das diabetes com um quadro resumo sobre como viver e conviver com as diabetes:

Chegou o Frio





Chegou o Frio
Finalmente começamos a ver os fregueses do nosso frio concelho a utilizar seus cascóis e casacos grossos que dão a ideia de ser o suficientemente quentes para a protecção do frio, embora nem sempre o que parece é, pois é nesta altura do ano que mais visitas são feitas aos centros de Saúde das principais freguesias dos concelhos da região, e todos aqueles que fazem a visita, maioritariamente, apresentam o mesmo mal, isto é, sinais e/ou sintomas de constipação e gripes.
Neste artigo falaremos das outras três, ultimas plantas, “oriundas” do nosso concelho, boas para combater a tão chata gripe típica do Outono-Inverno da Madeira.

O Alecrim pertence à família dos Labiatae, natural da região Mediterrânica de Europa que foi introduzida, possivelmente, por habitantes dessas terras que passarão pelo nosso Concelho. O Alecrim corresponde a um sub-arbusto até dois metros de altura, folhas persistentes e muito abundantes, estreitas, de margens revolutas com indumento densa na pagina inferior. Inflorescência um cacho com flores de cálice verde com dentes desiguais e corola bilabiada de cor rosada a azulada.
A sua utilização medicinal radica na preparação de um chá que serve para combater as dores de cabeça, stress, má disposição e dores menstruais. Se quiser obter um melhor efeito pode juntar ao chá umas folhas de tangerineira, laranjeira ou limoeiro. Normalmente é cultivada junto às habitações.

A Arruda faz parte da família dos Putaceae, e tem origem numa planta autóctone. A arruda corresponde a uma herbácea que pode atingir os 70 cm com ramos prostrados ou ascendentes e folhagem densa. As suas flores são verde-amareladas com 4 pétalas finbriadas.
A infusão em água quente das suas folhas foi referido, por nossos fregueses, para combater dores de cabeça e problemas intestinais.
Habitualmente é plantada em terrenos rochosos secos, expostos e costeiros.
Curiosidade: Na manhã de São-João, em jejum, ingerem-se 2-3 botões com 5 fendas, para proteger do “mau-olhado”. Para protecção da casa, mencionaram a elaboração dum ramo de tangerineira, alecrim, arruda, laranjeira e oliveira, que no dia de Domingo de Ramos é benzido na Igreja Local e depois guardado.







O Eucalipto integra a família da Myrtaceae é oriunda da Tasmânia, cultivada principalmente em zonas de montanha. Entre as suas características encontramos que é árvore de grande porte, pois ultrapassa os 45 metros de altura. Tem poder curativo para a, tão chata e comum nesta altura do ano, congestão nasal e problemas respiratórios em geral.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Abacateiro 2 em 1






Nesta segunda edição continuará a referir dados históricos, sintomas e, em geral, informações sobre a Gripe. E a utilização dalgumas plantas com fins curativos como, por exemplo, o Abacateiro. Sabia você que, alem do gostoso e nutritivo fruto do abacateiro, as folhas da planta podem ser utilizadas para fins medicinais????




A gripe é uma doença infecto-contagiosa, que tem como característica principal o seu poder de mutar, isto é, apresentar-se e manifestar-se de maneiras diferentes no corpo, só foi descoberta por volta do século XVI e desde então tem-se descrito mais de 31 pandemias. A mais devastadora epidemia de gripe teve lugar em 1918 e, segundo os dados demográficos sobre a mortalidade da época, morreram 20 milhões de pessoas no mundo.



Vocês perguntaram-se porque há diversidade dos sintomas e manifestação do vírus nos organismos?

Esta variabilidade está relacionada com, baseada em estudos actuais, a gripe ser causada por três tipos de vírus, diferentes entre si, denominados A, B e C identificados respectivamente em 1933, 1940 e 1950.


Os vírus A e B são os acusantes das epidemias de gripe que nos afectam habitualmente nesta época do ano.



Fig. 2- Mostra a replicação do vírus da gripe na Célula.








Em que ano foi descoberta a vacina da Gripe? É verdades que ao sermos vacinados ficamos imunes ao vírus?
Foi em 1941 que se demonstrou que é possível controlar a gripe através da administração de vacinas virais. Mas, devido às diferenças patogénicas dos três vírus e à variabilidade de reacção dos organismos, o grau de eficácia da vacina tende a baixar, por isso aqueles que dizem que já estão vacinados e são imunes à gripe estão enganados, pois a probabilidade de ficarem imunes após a administração da vacina é de 50 %. Outra característica da gripe que ajuda a diminuir o efeito da vacina é o facto de os vírus acusantes mutarem rapidamente a sua constituição tornando-se cada vez mais fortes e imunes aos tratamentos é por isso que não devemos auto-medicarmos quando temos espirros, congestão nasal pois desta maneira estamos a fortalecer o vírus.

Mas como a natureza é perfeita assim como tudo o que Deus fez, à excepção do homem, encontramos plantas que nos ajudam a controlar e diminuir o “poder” do vírus no organismo como é o caso do abacateiro, que além do seu gostoso fruto, tem umas folhas que ao serem utilizadas para chá diminuem as dores de cabeça, típicos da gripe e não só.




O Abacateiro pertence à família das Lauraceaes natural da América Central e Norte da América do Sul, foi implantada nas terras do nosso Concelho pelos nossos antepassados. É uma árvore com 20 metros de altura, com folhas alternas de cor verde escuras e coriáceas. Cultiva-se normalmente em locais de baixa e média altitude.





A Berbina que tem parentesco com as Verbenaceae foi introduzida nas nossas freguesias provenientes da América do Sul. É cultivada, habitualmente, para fins ornamentais e medicinais nos jardins. Corresponde a um arbusto de até 3 metros, folhas lanceoladas 3 em cada no com forte aroma a limão.
A berbina é utilizada para combater a gripe e o mal-estar geral do corpo. E recentes estudos revelaram que ajuda a pessoas com problemas no coração.



O Hissópio pertence à família dos Labiatae, originária do Sul da Europa e introduzida no nosso concelho possivelmente por estrangeiros ou luso-descendentes de outras épocas. Corresponde a uma planta herbácea com ramos erectos raramente decumbentes de 20 a 60 cm. Suas folhas são lineares lanceoladas ou oblongas.
O chá de hissópio apresenta efeitos benéficos e curativos para a tosse, bronquite. Embora os mais antigos das nossas freguesias também o refiram para causar a boa disposição nas crianças.
Normalmente é cultivada em jardins como uma planta medicinal e aromática.