terça-feira, 13 de maio de 2008

Diabetes

A Quinta maior causa de Morte

De acordo com aos últimos estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) há cerca de 171 milhões de pessoas no Mundo doentes da diabetes, tendo um progresso muito elevado que faz estimar aos peritos da ciência que em 2030 este número irá dobrar.
A diabetes posiciona-se no último lugar do top 5 das doenças de maior índice de morte no mundo. Os principais estudos prevêem que irá ganhando cada vez mais terreno perante as outras quatro letais e infalíveis doenças.
Uma situação que se tem vindo a agravar muito e confirmam esta teoria é que nos últimos 20 anos o número de diabéticos na América do Norte tem vindo a aumentar, registando em 2005 por volta de 20,8 milhões de pessoas com esta doença. Também outros estudos da América Diabetes Association dizem que existem cerca de 6,2 milhões de pessoas não diagnosticadas e cerca de 41 milhões de pessoas que poderiam ser consideradas pré-diabéticas. Por desgraça a nossa região e em especifico o nosso Concelho não fogem a estas terríveis estatísticas porque se fossemos a ver o quadro clínico de todos os idosos e pessoas mais adulta apresentam esta doença diagnosticada ou seus níveis de açúcar se encontram próximo de se tornarem diabéticos.
Então o que é a Diabetes Mellitus?
A diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue), resultado de deficiências na secreção de insulina em sua acção ou ambos. Trata-se de uma doença complexa na qual coexiste um transtorno global do metabolismo dos carbohidratos, lípidos e proteínas. Pode ser considerada uma doença multifactorial, porque existem múltiplos factores implicados na sua patogênese.
A sua origem como referimos deve-se a inumeráveis factores que no princípio correspondiam a um consumo alto de carbohidratos de rápida absorção. Porem com a evolução da ciência comprovou-se que não havia um aumento de probabilidades de contrair diabetes mellitus com o consumo de carbohidratos de assimilação rápida.


Com o passar do tempo chegou-se à conclusão que os principais factores que contribuem para a contracção de essa doença são o excesso de peso e a falta de exercício. Estas últimas razões são as principais responsáveis da diabetes mellitus tipo II.
Em relação à diabetes tipo I é causada quando o sistema imunitário do doente ataca as células beta do pâncreas. Contudo, ainda não está completamente esclarecida sobre os agentes causativos deste tipo de diabetes, embora os últimos estudos demonstram que as constipações e outras doenças simples podem causar essa doença. Estes estudos também demonstraram que o tipo de alimentação, o estilo de vida não apresenta nenhuma influência.

Tipos de Diabetes:
1. Diabetes mellitus tipo I: anteriormente conhecida como diabetes insulino-dependente, normalmente inicia-se na infância ou adolescência e caracteriza-se por ter um défice de insulina causado pela destruição das células betas (encarregadas pela liberação da insulina no pâncreas) por processo auto-imunes a idiopáticas. Estudos estatísticos mostram que só 1 em 20 pessoas sofre este tipo de diabetes.
O controlo deste tipo de Diabetes é feito em 3 vertentes:
A insulina ministrada de acordo ao défice de insulina da pessoa. Habitualmente para controlar os níveis de insulina ministra-se injecções diárias e de forma variável de acordo com o tratamento a efectuar. Há dois tipos de insulina sintética: a de acção lenta que é administrada ao acordar e dormir e a de acção rápida que é posta após as refeições.
A alimentação desempenha um papel preponderante neste tipo de diabetes porque é muito mais frequente em crianças e adolescentes, o que implica que a alimentação deve ser concebida com vista a não afectar o crescimento e os estilos de vida das pessoas.
Por último, e não menos importante, a prática do exercício físico que contribui notavelmente para o controlo de diabetes, queimando o excesso de açúcar, gorduras e desta forma melhorando a qualidade de vida.

2. Diabetes mellitus tipo II: primeiramente denominada diabetes não insulino-dependente. Apresenta um mecanismo fitopatológico complexo e não completamente elucidado. Todos demonstram e explicam que resultam de um auto-mecanismo de defesa contra a insulina, isto é, resistência à insulina. As células betas do pâncreas aumentam consideravelmente a produção de insulina o que com o passar do tempo leva as células beta a exaustão. Por isso é mais frequente em adultos e em pessoas idosas. Também pode ser causada por alguns fármacos, ao serem utilizados prolongadamente.

3. Diabetes Gestacional: é a diabetes que se desenvolve durante a gravidez podendo piorar ou desaparecer após o nascimento do bebé. Com semelhança a diabetes tipo II resulta de uma combinação de secreção e respostas de insulina inadequadas.
Caso não seja tratada, pode causar alguns problemas como, por exemplo, pelo elevado peso do bebé ao nascer, mal formações fetais e doenças cardíacas.
Ela requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez.
Como saber que tenho diabetes?

Os sintomas típicos de uma pessoa que tem diabetes são:

Poliúria (pessoa que urina com frequência).
Polidipsia (aumento da sede e da ingestão de líquidos).
Polifagia (é o aumento de apetite).
Por vezes pode ocorrer perda de peso.
Estes sintomas e sinais podem apresentar velocidades e consequências variáveis de acordo com o organismo ao tipo de diabetes da pessoa. De qualquer das formas a fórmula mais certa de saber se somos ou não diabéticos é levar um controlo médico apropriado e actualizado para assim eliminar os males.

Como diagnosticar?
A diabetes é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente e é diagnosticada se:
a) Nível plasmático de glicose estiver por volta ou acima de 126 mg/dL.
b) Nível plasmático de glicose aleatória acima de 200 mg/dL.
c) Nível plasmático de glicose acima de 200 mg/dL.
d) Nível plasmático de glicose acima de 200 mg/dL duas horas após uma dose de 75 gramas de glicose oral.


As diabetes podem trazer-nos consequências muito desagradáveis ao não ser controlada, pois estas são causadas pelo excesso de glicose no sangue, sendo assim, existe a possibilidade de glicositar as proteínas alem de retenção de água na corrente sanguínea.

As complicações que pode trazer a diabetes a uma pessoa podem ser divididas em:

De seguida apresentamos uma imagem na qual se resumem os sintomas e sinais típicos de uma pessoa que tem diabetes:


Como pode ser tratada a diabetes?
Desafortunadamente, a diabetes é uma doença crónica sem cura. É extremamente importante a educação do paciente, o acompanhamento da sua dieta, exercícios físicos, monitorização própria de seus níveis de glicose com o objectivo de manter os níveis de glicose a longo e a curto prazo adequados.
Pode-se reduzir os riscos das complicações a longo prazo com uma combinação de dietas, exercícios e perda de peso.

Também deve-se ter atenção à pressão arterial e o colesterol e evitar/diminuir os comportamentos de risco.
As principais plantas do nosso Concelho que vos podem ajudar a combater a quinta maior causa de morte do mundo são:

Amores de Burro: também denominada por muricos. É uma planta de origem Sul-Americana, pertencente à família das Asteracea. Corresponde a uma herbácea anual, cujo caule pode atingir cerca de 45 cm de altura, normalmente encontramo-las em terrenos agrícolas, campos
abandonados, etc. Ela é uma planta invasora que se adapta bem a baixas e médias altitudes.
Segundo os mais velhos e sábios das nossas freguesias diziam que o chá de folhas servia para controlar o nível de diabetes nas pessoas.


Morangueiro Bravo: é uma herbácea de falhas trifoliadas e de flores solitárias. A sua origem é desconhecida, embora haja boatos e suposições de que tenha sido introduzida na Ásia meridional e Oriental. Também responde ao nome de morangueira lagartixa devido a forma e posicionamento da planta que se assemelha ao de uma lagartixa. Pertence à família das Rosaceae.














È cultivada como ornamental, embora é mais comum encontrá-la nas margens das levadas e nas bermas. De acordo com as informações e conhecimentos dos nossos fregueses a ingestão de um chá de folhas ajuda a controlar os níveis de diabetes e baixa a pressão arterial.


Raspa Saias: corresponde a uma herbácea anual com caule quadrangular, até 150 cm de comprimento prostrado ou ascendente trepador. Podemos encontrá-la em zonas de florestas, zonas pedregosas e é um infestante natural dos campos agrícolas. Tem origem numa planta autóctone e pertence à família dos Rubiaceae. Os fregueses aconselham o chá do fruto de esta planta, pois ajuda a diminuir os níveis de diabetes.

Orégãos: herbácea muito aromática. Possui folhas ovadas, agudas ou obtusas, inteiras e serradas. Habitualmente é cultivada como planta condimentar, embora nasça espontaneamente em zonas mais altas, entre rochas, em locais expostos com o mínimo de sombra. A tradição dita que seu chá tem grande “poder curativo” perante a diabetes e não só. Há 1 ano atrás a UMA começou a estudar as propriedades desta planta pois consideram muita positiva para combater a diabetes.
Decidimos concluir este estudo das diabetes com um quadro resumo sobre como viver e conviver com as diabetes:

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