A Gripe

A Gripe

Após um verão que passou despercebido pelas terras do nosso concelho, chegámos ao mês de Outubro que traz consigo a mudança de hora, que nos indica a chegada de um tempo de transição, isto é, a passagem do tempo quente para o tempo frio sendo caracterizado pela grande instabilidade climática, pois acordamos com uma manhã quente e ao começo da tarde temos um céu cinzento, temperaturas baixas e, por vezes, chuva. Tudo isto ocasionado pela chegada do Outono e pelas tão mediáticas alterações climáticas que estão afectar o nosso planeta.
Todos estes factores, mencionados anteriormente, proporcionam um clima propício ao surgimento das habituais gripes constipações, tosses e febres que afectam desde os mais novos até os mais velhos sendo estes últimos os que mais se ressentem com a chegada do frio e, os mais pequenos que são como “esponjas” apanhando tudo devido ao contacto com os colegas e a terem um sistema imunológico em formação. É por isso que a nossa secção ao longo deste ultimo trimestre do ano apresentara um conjunto de plantas naturais ou implantadas nas freguesias do nosso concelho que servirão como um tipo de “medicina alternativa e preventiva” para algumas doenças típicas do Outono e não só. Mas nunca substituirão a consulta médica nem o diagnostico de um médico.

A gripe, que etimologicamente pode ser definida como doença febril muito contagiosa, consiste numa enfermidade infecto-contagiosa aguda do tracto respiratório que afecta, de maneira especial, a traqueia. No seu caso mais simples apresenta sintomas como, por exemplo, tosse seca, dor de garganta, congestão nasal e irritação ocular e nos casos mais complexos temos sintomas, tais como arrepios, febre de rápida instauração, dores musculares e articulares e, por vezes, mal-estar digestivo.
Em conclusão, a gripe é uma doença com manifestações e sintomas variáveis nos organismos. É por isso que no artigo de hoje e nos próximos apresentaremos plantas com propriedades curativas para estes variadíssimos efeitos.

A Avenca: é uma planta que pertence à família da Adiantacee, oriunda das terras da América Tropical. É habitualmente encontrada em muros, em paredes junto a levadas, enfim, locais rochosos e húmidos. As suas folhas têm um tamanho de até 53 cm as quais foram e são, ainda hoje, usadas pelos habitantes das nossas freguesias para preparar um chá que contribui para a diminuição da febre.

Por outro lado, encontramos a Bolsa de Pastor que faz parte da família das oxalidaceaes, a sua origem continua a ser um mistério para os botânicos da ilha assim como para os seus principais utilizadores, os fregueses. Encontra-se comummente em jardins e terrenos cultivados e em locais scalheiros, e é habitualmente utilizada para o tratamento de gripes e constipações, mediante a preparação de um chá.