terça-feira, 13 de maio de 2008

Infecções urinárias

Mais comum nas mulheres que nos homens

Dados estatísticos demonstram que cerca de 40% dos utentes com infecções urinárias correspondem a mulheres. Outro estudo mostra que 35 a 45% das mulheres do mundo já contraíram pelo menos uma vez uma infecção urinária.
As mulheres já aos 3 meses de idade têm cerca de 8 vezes mais probabilidades de contrair uma infecção que os homens. Em contrapartida nos recém nascidos são os homens que têm mais probabilidades de serem afectados, talvez pelo facto de termos a uretra curta.

Mas o porque desta inversão de papeis?



Será que desta a mãe natureza a quis beneficiar uma vez mais, aos homens proporcionando-lhe um aparelho urinário mais seguro e forte do que as mulheres?

Segundo os profissionais de saúde pensa-se que as possibilidades de contrair nas mulheres é maior pelo faço de terem a uretra mais curtas, por falta das secreções da prostata masculina que são inibitórias. Embora existem um conjunto de factores “externos” que contribuem para a fragilidade e vulnerabilidade do aparelho urinário, chamando a atenção dos seguintes aspectos:

  • Actividade sexual: facilita que as bactérias da bexiga e da uretra subam penetrando ao longo das vias urinárias.
  • Não urinar quando se tem vontade: a retenção voluntaria da urina facilita a aderência das bactérias as paredes da bexiga e vias urinarias.
  • Uso de espermicidas (produtos em creme gel ou “esponjas”, na vagina com intuitos contraceptivos) ou de diafragmas que vão alterar a ecologia local ou impedir o esvaziamento eficaz da bexiga.
  • Algumas mulheres estão geneticamente mais pré-dispostas a sofrer este tipo de infecções.
  • Menopausa porque altera a flora vaginal local.
  • Algumas estirpes de bactérias são mais agressivas.

A gravidez também contribui e aumenta a probabilidade de “apanhar” as doenças pelo facto das defesas estarem mais concentradas ou enfocadas para o bebe, embora isto seja só uma suposição. Embora as mulheres sejam as mais afectadas os homens quer na idade adulta quer na idade de criança não ficam 100% imunes a este perigo. Em geral os homens são afectados nos géneses da sua vida e na decadência da mesma por razoes algo diferentes, no génese da vida somos afectados pelo facto da uretra ainda ser curta enquanto no fim da vida é porque as secreções e algumas partes da uretra deixam de funcionar correctamente.
Também os bebés e crianças de qualquer um dos sexos são propensos a este tipo de doenças normalmente relacionados com a mal formação congénitas. Para além disto as consequências das infecções urinárias na infância podem ser de muito mais gravidade para o funcionamento do aparelho urinário.
As infecções urinárias têm grande impacto na vida das pessoas quer pelo desconforto quer pela despesa e gastos que provocam para o utente assim para o serviço de saúde

E então o que podemos fazer para tratar/ combater esta doença?


Em grandes linhas e a níveis gerais as infecções urinárias podem ser tratadas das seguintes formas:
I. Tratamento antimicrobiano (antibióticos)
II. Tratamento urológico, que renova os factores predisponentes de manutenção e de agravamento.
No caso dos antibióticos o tratamento pode ser feito por 3 dias na maioria das pessoas, mas no caso maiores de 45 anos aconselha-se que o tratamento seja ao longo de 7 dias.
Além destas medidas técnicas os doutores aconselham:

  • Aumento de ingestão hídrica: beber muita água.
  • Esvaziamento urinário frequente e completo.
  • Cuidados gerais de higiene íntima, embora não excessivos.
  • Evitar as situações de congestão pélvica trais como viagens prolongadas, estar muito tempo sentado etc.

No nosso concelho temos um conjunto de plantas que podem ser utilizadas para combater as infecções urinárias temos como por exemplo:

Artemija:
Esta é uma planta que pertence a família dos Asteraceae. É uma planta nativa do Sul da Europa, Norte de África e do Sudoeste da Ásia sub-espontânea em Portugal Continental. Na Madeira foi introduzida como ornamental, dispersando-se rapidamente pelas zonas baixas e médias das costas norte e sul. Ela é frequente junto às habitações, sendo cultivada também para fins medicinais.
O chá de folhas e caule é mencionado para problemas nos rins, na bexiga e para infecções urinárias.



Cavaleira:
Esta espécie de planta pertence á família Fabaceae e é indígena da Madeira, Canárias, Sul da Europa, norte de África e oeste da Ásia.
Na ilha da Madeira, é frequente em locais expostos e secos até aos 650m de altitude,
junto ao mar e no interior, ao longo de caminhos ou em terrenos agrícolas abandonados. O fruto desta planta é uma vagem com pêlos brancos e pretos. Possui um cheiro forte a betume ou a nafta.
O chá das suas folhas é mencionado para febre e infecções urinárias, para lavar o cabelo com tendência para cair.




Laranjeira:
A laranjeira é uma árvore da família Rutaceae. É uma árvore cultivada como
frutícola e ornamental, nas menores altitudes.
É mencionado para os nervos e para a gripe um chá das folhas frescas. É também referida a adição de folhas de laranjeira ao chá de quebra-pedras para dores de barriga, pedra nos rins e infecções urinárias.




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