quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cerco ao Castelo

Infecções urinárias

Alguns profissionais da saúde explicam a seus pacientes de uma forma análoga e bastante figurativa a infecção urinária como o cerco ao castelo. Este cerco aos castelos, caros leitores, pode lembrar-lhe as vossas aulas de história ou algumas passagens do nosso difícil e grandioso passado, embora o desenrolar de acontecimento, seja o mesmo os protagonistas são outros. O castelo corresponde ao nosso organismo e os inimigos são os micróbios, tendo como exemplo os Proteus que são comparáveis com os terríveis mouros. Normalmente estes micróbios/inimigos penetram no nosso organismo porque as nossas defesas não se encontram em bom estado, por isso, de acordo com o inimigo que entrou a estratégia utilizada e os aliados a ter diferem muito, isto é, cada inimigo tem um determinado ponto fraco que é onde temos que atacar.

Mas em si o que são infecções urinárias?

A infecção urinária corresponde á presença de microrganismo capazes de produzir infecções na urina e/ou diversos órgãos que constituem o aparelho urinário normalmente produz-se uma inflamação na bexiga e /ou rins da pessoa. Os agentes bacterianos causantes ou causadores desta doença são a Escheria cali, Proteus, Klebsiella e as Skaphylocous. E entre os fungos temos a Candida Albicans.

Outra das perguntas mais frequentes entre as pessoas que contraem esta doença é como ocorre a infecção?

Se maioritariamente o aparelho urinário não tem micróbios, isto com base na facto do aparelho urinário não ter qualquer comunicação com o meio externo.

Pois bem a hipóteses que mais tem apoio pelos profissionais da Medicina, especificamente urólogos é ocorrer uma contaminação por via ascendente, isto é, as bactérias existentes no recto, ânus e vagina penetram ascendentemente no aparelho urinário através da uretra e da bexiga.
Outra maneira de contrair infecções urinarias embora sejam pouco prováveis, são micróbios provenientes do sangue ou por contiguidade. Mas também há factores externos que nos fazem ser mais vulneráveis perante os micróbios como por exemplo, a diminuta ingestão de líquidos que estimula a hiperconcentrção urinária; as doenças que provocam obstrução urinariam certas manobras ou tratamentos agressivos como a invasão do aparelho urinário. Por outro lado também a um conjunto de doenças e hábitos que podem agravar o panorama quadro clínico de uma infecção urinária, como são o caso das doenças imuno depressão, a diabetes, o abuso de analgésicos e a obstrução, êxtase e refluxos urinários.
As infecções urinárias ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não são contagiosas, isto é, não se apanham nas casas de banho nem tão pouco são doenças de transmissão sexual, embora este factor possa condicionar ou predispor no sexo feminino por razões que apresentaremos no próximo artigo denominado “Mais frequente nas mulheres que nos homens porquê?”

As infecções urinárias podem ser divididas em:


- Infecções das vias urinárias inferiores: localizadas na bexiga (cistite) na prostata (prostatite) e na uretra (uretrite);

- Infecções das vias urinarias superiores: localizadas nos rins (pielonefrite).

A pielonefrite caracteriza-se pela apariação de calo frios e aumento da temperatura corporal, podendo ser superior a 40º C, dor na região lombar que se pode irradiar para a região abdominal acompanhada de náuseas e vómitos.

Os principais sintomas de infecções urinárias são:


  • Dor, desconforto ao urinar;
  • Sensação de peso ou mal-estar no fundo da barriga;
  • Uma terrível vontade de urinar, embora se tenha acabado d o fazer a poucos minutos;
  • Urinar muitas vezes, embora não haja quase urina nenhuma.


Chamamos a atenção que este é o quadro clínico geral das infecções urinarias podendo ou não aparecer estes sintomas com maior ou menor magnitude de acordo com as defesas e resistência do organismo, como já referimos noutros artigos referentes a outras doenças.

Embora no nosso concelho não seja muito comum os cidadãos apresentarem este tipo de doenças, e muito menos consultar os especialistas por uma possível infecção. Nos estados unidos as infecções urinarias são responsáveis por cerca de 6milhoes de consultas clínicas por ano. Com tudo as freguesias do concelho apresentam um conjunto de plantas que são úteis no tratamento de doenças entre elas temos:

Quebra-pedra



A quebra-pedra é uma árvore da família dos Euphorbiaceae. É uma planta que foi introduzida no Brasil mas com origem nas ilhas Mascarenhas. É uma herbácea anual ou perene até 60 cm de altura e é infestante dos jardins e terrenos abandonados.
O chá de 1,3 ou 5 raminhos secos foi referido para dores de barriga, pedra nos rins e infecções urinárias, por vezes é referida a adição de folhas de laranjeira ou limoeiro.




Sempre Noiva:
É uma planta frequente nas bermas dos caminhos nas regiões de baixa altitude. Pertence à família dos polygonaceae.
É uma herbácea anual, glabra, muito ramificada erecta e decumbente.
A ingestão de um chá de suas folhas foi referida para infecções urinárias e dores de barriga.

Alfavaca:

A alfavaca é uma planta da família dos Urticaceae. É uma herbácea, perene, pubescente, com folhas alternas.
Podemos encontrar esta planta em zonas rochosas, junto a muros antigos e escarpas costeiras.
O chá das suas folhas é referido para dores de barriga, estômago, intestinos, dores de cabeça, prisão de ventre e para equilibrar a tensão arterial. Para infecções urinárias foram mencionados um chá e, posteriormente um banho de assento, utilizando as seguintes misturas: Alfavaca, losna e sempre noiva; barbas de milho, alfavaca e sempre noiva. Para o mesmo fim, referiram a preparação de um chá de alfavaca com losna.

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